Manifesto dos 1.000 sindicalistas pela revogação das reformas da previdência, trabalhista e da lei das terceirizações
A
classe trabalhadora segue enfrentando as duras consequências das reformas
trabalhista e previdenciária que, junto com a lei das terceirizações e marcadas
pela ilegitimidade, reduziram salários, retiraram direitos e atacaram as
aposentadorias e pensões. A resistência contra essas medidas foi retomada na
mobilização que reuniu cerca de 20 mil trabalhadores este ano na Marcha a
Brasília de 22 de maio.
A
reforma trabalhista retirou inúmeros direitos da CLT (parcelamentos de férias,
flexibilização da jornada de trabalho, diminuição do descanso intrajornada, fim
da ultratividade e a retirada da homologação dos sindicatos, afetou a
sustentação financeira dos sindicatos) que eram o patamar mínimo dos contratos
de trabalho.
Além
disso, instituiu o negociado sobre o legislado e os acordos individuais,
intensificando a exploração dos trabalhadores e tentando desmontar as
negociações coletivas com objetivo direto desestruturar acordos e convenções
coletivas de trabalho. Ela ainda criou barreiras para o trabalhador processar
empresas quando tem algum direito lesado pelo patrão.
A
lei das terceirizações na iniciativa privada é usada para driblar direitos
conquistados em acordos e convenções coletivas de trabalho, rebaixando
salários, aumentando a rotatividade dos empregos e aumentando o número de
trabalhadores submetidos a condições análogas à escravidão.
No
serviço público, a negativa de realizações de concursos públicos é uma
consequência imediata que afeta também os regimes de previdência, na medida em
que trabalhadores que se aposentam não têm sua substituição por novos
concursados.
A
lei das terceirizações colocou no setor privado o dinheiro dos cofres públicos
a serviço do lucro de empresários e facilitou a sanha privatista de governos
restritivos de direitos sociais para o povo.
A
reforma da previdência aumentou o tempo de contribuição e a idade para se
aposentar além de reduzir os salários de aposentadoria e pensões. A reforma
determina que o trabalhador e a trabalhadora que começaram a pagar o INSS
depois de 2019 contribuam por 40 anos. Antes, o homem contribuía por 35 anos e
as mulheres por 30 anos.
Outra
mudança é a implementação de idade mínima de aposentadoria: para as mulheres de
62 anos e, para os homens, 65 anos. A reforma da previdência está sendo
aprofundada com a PEC 66/23 aprovada no Senado.
A
PEC 66/23 fere princípio da autonomia e discricionariedade dos entes federados
ao autorizar a aplicação automática das regras aprovadas EC103 (reforma da
previdência do Bolsonaro), nas prefeituras e estados, que só poderão aprovar
leis que aprofundem ainda mais os ataques da já perversa reforma.
A
luta pela revogação destas medidas esteve presente na motivação do voto e no
próprio discurso do candidato Lula para derrotar nas eleições o bolsonarismo e
sua política, mas até o agora, o governo não apresentou nenhuma iniciativa para
que estes retrocessos sejam revogados.
Nós
sindicalistas do setor público e privado, de todas as regiões do país, nos
dirigimos neste manifesto ao Presidente Lula, ao Congresso Nacional e ao STF,
para exigir:
• a revogação da reforma
trabalhista;
• a revogação da reforma da previdência;
• a revogação da lei das terceirizações!
A campanha de adesão dos sindicalistas
já reúne cerca de 300 sindicalistas. As atualizações são semanais, as
segundas-feiras na página da campanha.
Visite a página e assine o manifesto!
https://www.instagram.com/revogareformas?igsh=Z28xdmJsMXE0NGI3
.
Comentários
Postar um comentário
Que bom que você comentou no artigo publicado, concordar ou discordar nos faz evoluir, assim é a democracia. Entretanto, lembre sempre de tratar a todas e todos com civilidade e educação. Só assim, você garante a publicação do que você pensa! Discuta sempre sobre as idéias, nunca transforme em pessoal as criticas ou elogios. Essas normas serão cumpridas pelo administrador do blogue. Axé!