A Teoria Malthusiana, ou Malthusianismo, foi elaborada por Thomas Robert Malthus no ano de 1798 e defendia que a população cresceria em ritmo acelerado, superando a oferta de alimentos, o que resultaria em problemas como a fome e a miséria. Malthus – pastor da Igreja Anglicana e professor de História Moderna – escreveu uma das mais importantes obras sobre o crescimento demográfico: Ensaio sobre o Princípio da População.
Em sua obra Ensaio sobre o Princípio da
População, Malthus deixou evidente seu pessimismo quanto ao
desenvolvimento humano. Ele acreditava que a pobreza fazia parte do destino da
humanidade, baseado na premissa de que a população possuía potencial de
crescimento ilimitado, ao contrário da produção de alimentos.
Malthus concluiu que, se o crescimento populacional
não fosse contido, a população cresceria segundo uma progressão geométrica,
e a produção de alimentos cresceria segundo uma progressão aritmética.
Malthus considerava que a população dobraria a cada 25 anos.
Se a teoria se confirmasse e houvesse esse
descompasso entre o aumento da população e a falta de alimentos, o resultado
seria uma população mundial faminta, vivendo em situação de miséria,
o que causaria uma desestruturação na vida social. Portanto, o aumento da
população seria a causa, e a miséria, a consequência.
Para conter o ritmo acelerado do crescimento
populacional, Malthus, pautado na sua formação religiosa, acreditava na
necessidade de um controle de natalidade, que chamou de “controle moral”.
Esse controle não deveria ser feito pelo uso de métodos contraceptivos, mas
pela abstinência sexual ou adiamento de casamentos. Vale ressaltar que esse
controle foi sugerido apenas para a população mais pobre. Segundo ele, era
necessário forçar a população mais carente a diminuir o número de filhos.
Malthus enganou-se.
Como ele fez sua análise do crescimento
populacional em um espaço geográfico limitado, com uma população
predominantemente rural, ele atribuiu a todo o mundo a mesma dinâmica. Contudo,
Malthus não previu que a Revolução Industrial seria capaz de mudar todo o
cenário mundial, inserindo no meio rural novas técnicas, as quais
impulsionariam a produção agrícola e consequentemente aumentariam a oferta de
alimentos. A população não cresceu em ritmo de progressão
geométrica, portanto, não dobrou a cada 25 anos. A modernização tecnológica
conseguiu ampliar o desenvolvimento do cultivo das terras, fazendo com que a
produção de alimentos fosse suficiente, chegando então a uma progressão
geométrica. Assim, a fome e a miséria não poderiam ser atribuídos à
incapacidade produtiva de alimentos, como Malthus acreditava, mas sim a sua má
distribuição.
Leia mais em:
Comentários
Postar um comentário
Que bom que você comentou no artigo publicado, concordar ou discordar nos faz evoluir, assim é a democracia. Entretanto, lembre sempre de tratar a todas e todos com civilidade e educação. Só assim, você garante a publicação do que você pensa! Discuta sempre sobre as idéias, nunca transforme em pessoal as criticas ou elogios. Essas normas serão cumpridas pelo administrador do blogue. Axé!