O texto a seguir é uma reedição – requentado, reeditado e atualizado, mas penso ser muito válido como proposta de reflexão sobre os erros do passado. Em março de 1964 eu tinha de 6 para 7 anos de idade, então o que existe e me impressiona são as lembranças daquela época, que não consigo entender bem se vivi ou penso ter vivido. Li muito sobre o processo que se instalou desde o suicídio de Getúlio, até a posse de Jango e a proposta das “Reformas de Base” que foram utilizadas como justificativa para a luta contra o fantasma comunista, reflexo do Macarthismo no nosso país tropical. Assim, faço certa confusão entre o que li e ás vezes penso que vivi e o que vivi e penso que li. De concreto, estudava no Grupo Escolar Xavier da Silva, na esquina da Mal. Floriano com a Silva Jardim. Lembro claramente do quartel da PMPR, na Mal. Floriano cercado por barricadas de arame farpado e dos estudantes atirando bolinhas de gude em baixo dos cascos dos cavalos, e a curiosidade qu...
“[…] as ideias de economistas e filósofos políticos, tanto quando têm razão como quando não a têm, são mais poderosas do que normalmente se pensa. Na verdade, o mundo é governado por pouco mais. Homens práticos, que se creem bastante isentos de quaisquer influências intelectuais, são normalmente escravos de algum economista defunto”. John Maynard Keynes